segunda-feira, 25 de março de 2013

Controlo de Roedores e Insetos nas Redes de Saneamento





Segundo a Saúde Animal, existem mais de 1700 espécies de ratos das quais 125 são consideradas pragas.

Os roedores têm alta taxa reprodutiva, rápida maturação e grande número de filhos por gestação.

Relativamente ao seu habitat os ratos e ratazanas estão presentes em todos os lugares onde tenham condições de sobrevivência e encontrem possibilidade de abrigo e abundância de comida, como por exemplo nas redes de esgotos, margens de linhas de água, lixeiras, armazéns, habitações, estabelecimentos comerciais/industriais.

No campo da saúde pública os roedores são responsáveis pela transmissão de diversas doenças a humanos e animais, como por exemplo: leptospiroseTifo murino; febre da mordida do rato; Traquinose; raiva; Salmoneloses.

Relativamente aos insetos, os mais comuns nas redes de esgotos são as baratas.


Barata de Esgoto (periplaneta americana)









As baratas são mais ativas principalmente à noite quando deixam os seus abrigos à procura de alimentos.

Possuem hábitos alimentares bastantes variados, preferindo alimentos ricos em amido, açúcar ou gorduras, no entanto podem alimentar-se também de celulose como papéis, excrementos, sangue, insetos mortos ou esgoto.

A barata de esgoto normalmente habita locais com muita gordura e matéria orgânica em abundância como por exemplo as galerias de esgoto.

No que respeita à saúde pública as baratas são responsáveis pela transmissão de várias doenças, principalmente gastroenterites, carregando vários agentes patogénicos através do seu corpo, pelos locais por onde passam, são ainda vetores que dissiminam bactérias, fungos, vírus e protozoários.

Segundo a Pestox o método utilizado para o controlo de roedores é através de aplicações faseadas de rodenticidas devidamente autorizadas pela Direcção Geral de Saúde, relativamente às baratas é através de aplicação de inseticidas em formulação liquida nas paredes interiores das caixas de visita, com o objetivo de as baratas, evitando assim a sua profileração para o exterior.

Segundo a Associação Portuguesa de Distribuição e Drenagem de Águas (APDA) as redes de drenagem de águas residuais e os restantes órgãos dos sistemas de saneamento, nomeadamente as estações de tratamento, são uma importante fonte de proliferação de roedores e insetos em perímetro urbano.

Face a esta realidade, a Empresa Municipal de Água e Saneamento de Beja (EMAS) como entidade gestora e responsável pela operação, manutenção e conservação de toda a rede de drenagem de águas residuais, realiza o controlo de roedores e insetos, evitando desta forma constrangimentos para os munícipes  bem como para os operadores dos sistemas que tem de proceder às diversas intervenções necessárias para a sua correta operação e manutenção, protegendo assim a saúde pública de ambos.

Como é difícil a eliminação total e definitiva dos roedores e baratas a desratização e a desbaratização como medida de controlo tem como objectivo a redução da população de roedores e baratas, prevenindo desta forma que os mesmos sejam agentes de transmissores de doenças.

O controlo de roedores e baratas realizado pela EMAS é feito com uma periodicidade bimestral por uma empresa externa, a Pestox, no entanto nas operações realizadas o colaborador da empresa contratada faz-se acompanhar por um colaborador da EMAS.

No âmbito deste estágio acompanhei estas ações de controlo de roedores e insetos nas redes de saneamento com o objetivo de observar os procedimentos adotados pelo  colaborador da EMAS de forma a  Identificar e avaliar os riscos, para a segurança e saúde.

Como futura Técnica de Saúde Ambiental, tenho o dever de identificar e caracterizar fatores de risco para a saúde originados no ambiente.

As populações de roedores e baratas são portadoras de doenças e apresentam um risco à saúde pública.

Assim, as empresas responsáveis pelas redes de saneamento de modo a promover a saúde pública devem realizar estas ações de controlo de roedores e baratas, para prevenir e controlar estas pragas.


Para Conhecimento:




Fontes: 
- APDA, EMAS realiza controlo de roedores e insectos nas redes de saneamento, http://www.apda.pt/pt/noticia/1402/emas-realiza-controlo-de-roedores-e-insetos-nas-redes-de-saneamento/


domingo, 17 de março de 2013

Santiago Saudável



«Cada criança e jovem da Europa tem o direito e deve ter a oportunidade de ser educado numa escola promotora de saúde»
Rede Europeia de Escolas Promotoras da Saúde. Resolução da 1.ª Conferência.Grécia.1997


Nos tempos que decorrem existe uma crescente preocupação com o bem-estar e saúde de toda a população, e as crianças e os jovens não fogem à regra, sendo um grupo vulnerável a fatores de riscos ambientais. 

É nas escolas onde as crianças e jovens passam a maior parte do seu tempo, este local deve ser um espaço seguro e saudável, fazendo com que as crianças adquiram comportamentos  e estilos de vida saudáveis, encontrando-se por isso numa posição ideal para promover e manter a saúde da comunidade educativa e da comunidade envolvente.


Segundo Programa Nacional de Saúde Escolar  os estilos de vida são um conjunto de hábitos e comportamentos de resposta às situações do dia-a-dia, apreendidos através do processo de socialização e constantemente reinterpretados e testados, ao longo do ciclo de vida.

Assim sendo a escola, enquanto instrumento de trabalho das preocupações da escola e da comunidade, pode e deve incorporar todas as atividades educativas que concorram para a promoção e educação para a saúde.

É nesta perspetiva que os estabelecimentos de educação e ensino devem olhar para os alunos como parceiros, com potencialidades e responsabilidades a desenvolver, para que sejam eles próprios agentes ativos de mudança, cabendo assim à escola adotar práticas pedagógicas com esse mesmo objetivo.

Foi no âmbito desta iniciativa, "Santiago Saudável", organizada pela Escola Básica de Santiago Maior em Beja, destinada a todos os seus alunos, desde o pré-escolar até ao 3º ciclo, num incentivo à promoção de estilos de vida e hábitos saudáveis que a  Empresa Municipal de Água e saneamento de Beja (EMAS) participou  com o Projeto Heróis da Água com várias atividades dirigidas mais precisamente aos alunos  do 2º e 3º ciclos.

Segundo noticia do DNPortugal , a Comissão Europeia diz que a qualidade da água da torneira está melhor em Portugal e esta pode ser consumida com segurança, e que atualmente a água que é abastecida aos portugueses cumpre as exigências de qualidade graças a um grande esforço, nomeadamente das entidades prestadoras destes serviços.

Assim sendo, a EMAS com a realização desta iniciativa pretendeu demonstrar que a água distribuída é controlada de forma a garantir a sua qualidade e fomentar o consumo de água da rede pública, ou seja, que a população passe a consumir a água da torneira em vez de comprar água engarrafada assim como água proveniente de fontanários não ligados à rede publica, salvaguardando assim a saúde pública dos seus consumidores. 

É de salientar que iniciativas como esta devem ser adotadas cada vez mais pelas escolas, pois as mesmas ajudam à promoção e consolidação de estilos de vida mais saudáveis.


Fotos tiradas em "Santiago Saudável"



Foto 1: Simulação de colheita de amostra de água para consumo humano

Foto 2: Ana Luísa Galaio e Sílvia Braga com o vereador da Câmara Municipal de Beja e Administrador não Executivo da EMAS, José Velez

Foto 3: Determinação de parâmetros da qualidade da água

Fontes:
- Programa Nacional de Saúde Escolar, http://www.portaldasaude.pt/NR/rdonlyres/4612A602-74B9-435E-B720-0DF22F70D36C/0/ProgramaNacionaldeSa%C3%BAdeEscolar.pdf
- DNPortugal, Comissão Europeia diz que a água da torneira é segura, http://www.dn.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=2969630


domingo, 10 de março de 2013

Desinfeção de Condutas



As condutas são estruturas de adução, transporte e distribuição de água em fluxo contínuo.

No âmbito da remodelação da rede pública distribuição de água de Beja tive a oportunidade de acompanhar os trabalhos de desinfeção de uma conduta  nova assim como ficar a conhecer todos os procedimentos que se devem ter em conta aquando da sua desinfeção.

Após a colocação de uma conduta nova , e antes da sua entrada em funcionamento, a mesma deve passar por um processo de desinfeção, para que a qualidade microbiológica da água distribuída não seja prejudicada pela conduta.

A desinfeção de uma conduta nova tem como objectivo eliminar todo o tipo de contaminação que possa surgir no decorrer da obra e até mesmo no armazenamento das condutas, acessórios e juntas.

De acordo com o artigo 29.º do Decreto Regulamentar nº. 23/95 de 23 de Agosto que tem como objeto os sistemas de distribuição pública e predial de água e de drenagem pública e predial de águas residuais, de forma que seja assegurado o seu bom funcionamento global, preservando-se a seguranças, a saúde pública e o conforto dos utentes, todas as condutas, após assentamento e com as juntas a descoberto, devem ser sujeitas a ensaios de estanquidade , bem como a operações de lavagem com o objetivo de desinfeção antes da sua entrada em serviço.

Na Empresa Municipal de Água e Saneamento de Beja (EMAS) todas as condutas novas antes de serem ligadas à rede são submetidas a uma desinfeção garantido assim a qualidade da água distribuída à população.

O desifetante utilizado pela EMAS é  peróxido de hidrogénio, o mesmo é um eficaz agente de desinfeção, eliminando as bactérias e fungos que usualmente se desenvolvem nas condutas de água para consumo humano, garantindo desta forma não só a qualidade da água assim como a saúde pública.

A execução da desinfeção da conduta foi realizada em simultâneo depois dos ensaios de pressão, potenciando desta forma a penetração do produto nos poros da conduta, tornando assim este procedimento, muito eficaz.
Este desinfetante é introduzido na conduta através de uma bomba doseadora e deve estar em contacto com a conduta no mínimo 6 horas, no entanto neste caso que observei esteve 24 horas.

Para controlar a concentração de peróxido de hidrogénio na solução de enchimento da conduta é utilizado umas fitas indicadoras, as mesmas ao entrarem em contacto com a solução e ficarem de cor azul, significa que a concentração de peróxido de hidrogénio (200 mg/L) é o suficiente para garantir a desinfeção da conduta.
No final do tempo de contacto deve ser verificado novamente o teor de peróxido de hidrogénio que não dever ser inferior a 100 mg/L, caso tal aconteça terá que se realizar uma nova desinfeção.

De seguida a solução desinfetante é retirada da conduta na totalidade.

Depois a conduta é cheia novamente com água de seguida é medido a concentração de peróxido de hidrogénio com uma nova fita indicadora, quando a mesma indicar que já não há desifetante na água a conduta é ligada à rede dos consumidores.

desinfecção de condutas deve ser vista como uma medida preventiva a adoptar no âmbito da qualidade da água prevenindo desta forma doenças de origem hídrica.

A não esquecer





Fontes:
- Higienização de condutas de água potável, http://www.iberlab.pt/new_datafiles/pdfs_destaques/condutas.pdf
- Decreto Regulamentar n.º 23/95 de 23 de Agosto, http://dre.pt/pdf1sdip/1995/08/194B00/52845319.pdf
- Manusystems-Manutenção de Sistemas, http://www.manusystems.pt/images/stories/pdf/Ficha_tecnica_Carela_Peroxsil.pdf


quarta-feira, 6 de março de 2013

Remodelação da Rede Pública de Distribuição de Água de Beja




As condutas de distribuição de água e as canalizações prediais muito antigas ou em mau estado, nomeadamente em aço galvanizado, podem apresentar corrosão e originar o aparecimento de ferrugem e sabor a ferro, pelo que devem ser substituídas por material mais adequado.

O saneamento assim como o tratamento das águas residuais são fundamentais para a qualidade de vida, saúde pública e conforto das populações, controlo de poluição e preservação dos ecossistemas e recursos naturais do território.

Segundo o Decreto-Lei nº. 306/2007 de 27 de Agosto a EMAS sendo a entidade gestora de sistema de abastecimento público em baixa deve tendencialmente, disponibilizar, por rede fixa ou outros meios, água própria para consumo humano devidamente controlada, em quantidade que satisfaça as necessidades básicas da população e em qualidade na sua área geográfica. A mesma deve assegurar ainda as normas de qualidade fixadas no anexo I do decreto-lei atrás referido protegendo assim a saúde pública da população consumidora desta água.

Assim sendo e de forma a melhorar a distribuição e qualidade da água na cidade de Beja, a mesma está a ser alvo de uma empreitada de remodelação da rede pública de distribuição de água por parte da Empresa Municipal de Água e Saneamento de Beja (EMAS)

Esta empreitada tem como objetivo  criar uma malha de distribuição principal, preparando assim a rede e a cidade para intervenções e expansões futuras. Em simultâneo estão a ser criadas zonas de medição e controlo e e a consolidar a divisão de fornecimento de água em três anéis de distribuição e ainda estão a ser substituídos ramais domiciliários de água numa destas zonas de medição e controlo.

Apesar de estas intervenções causarem alguns transtornos à população considero as mesmas de extrema importância visto nalgumas zonas da cidade de Beja  as condutas de distribuição de água  e as canalizações prediais serem muito antigas, garantido assim o controlo da qualidade de água fornecida para consumo humano com o objetivo de salvaguardar  a saúde pública da população abrangida pela mesma.




Fontes:
- Decreto Regulamentar nº. 23/95 de 23 de Agosto, http://dre.pt/pdf1sdip/1995/08/194B00/52845319.pdf
- Decreto-Lei nº. 306/2007 de 27 de Agosto, http://dre.pt/pdf1sdip/2007/08/16400/0574705765.pdf

domingo, 3 de março de 2013

EMAS - Empresa Municipal de Água e Saneamento de Beja, EEM




A EMAS é a entidade gestora do abastecimento público "em baixa" no concelho de Beja, ou seja, é a entidade responsável por um sistema destinado em parte, ao armazenamento, à elevação e à distribuição de água para consumo humano público aos sistemas prediais, aos quais liga através de ramais de ligação.

A EMAS tem a seu cargo uma importante função de prestação de serviços aos seus munícipes  tais como:
  • Execução de ramais domiciliários de água e esgotos;
  • Reparação e/ou substituição de ramais com deficientes condições de funcionamento;
  • Desentupimentos e desobstrução de instalações prediais e ramais de esgotos;
  • Serviço de deteção de fugas em redes de água prediais;
  • Esvaziamento e limpeza de fossas;
  • Instalação, verificação e substituições de contadores de água;
  • entre outros serviços.

A Emas possui ainda um laboratório de microbiologia acreditado onde são realizadas análises de controlo de qualidade, quer a nível interno quer externo.

Administração da EMAS


A administração da EMAS é administrada por um conselho de administração, o mesmo é  constituído por um Presidente do Conselho de Administração, Administrador não Executivo, Administradora não Executiva e por um Diretor Executivo com Poderes Delegados de Administração.


Estrutura Orgânica


Imagem 1: Organograma da EMAS

"A água é um dos bens mais essenciais à vida humana. O seu abastecimento público e saneamento são exigências básicas e fundamentais das sociedades modernas." (Relatório de Qualidade e Sustentabilidades dos Serviços de Abastecimento de Águas e Saneamento)




Fontes: EMAS, http://www.emas-beja.pt/index.asp;
Decreto-lei 306/2007 de 27 de Agosto, http://dre.pt/pdf1sdip/2007/08/16400/0574705765.pdf ;
Relatório de Qualidade e Sustentabilidades dos Serviços de Abastecimento de Águas e Saneamento, http://www.ppa.pt/wp-content/uploads/2012/06/Relat%C3%B3rio-das-audi%C3%A7%C3%B5es-%C3%81GUA-final.pdf