As condutas são estruturas de adução, transporte e distribuição de água em fluxo contínuo.
No âmbito da remodelação da rede pública distribuição de água de Beja tive a oportunidade de acompanhar os trabalhos de desinfeção de uma conduta nova assim como ficar a conhecer todos os procedimentos que se devem ter em conta aquando da sua desinfeção.
Após a colocação de uma conduta nova , e antes da sua entrada em funcionamento, a mesma deve passar por um processo de desinfeção, para que a qualidade microbiológica da água distribuída não seja prejudicada pela conduta.
A desinfeção de uma conduta nova tem como objectivo eliminar todo o tipo de contaminação que possa surgir no decorrer da obra e até mesmo no armazenamento das condutas, acessórios e juntas.
De acordo com o artigo 29.º do Decreto Regulamentar nº. 23/95 de 23 de Agosto que tem como objeto os sistemas de distribuição pública e predial de água e de drenagem pública e predial de águas residuais, de forma que seja assegurado o seu bom funcionamento global, preservando-se a seguranças, a saúde pública e o conforto dos utentes, todas as condutas, após assentamento e com as juntas a descoberto, devem ser sujeitas a ensaios de estanquidade , bem como a operações de lavagem com o objetivo de desinfeção antes da sua entrada em serviço.
Na Empresa Municipal de Água e Saneamento de Beja (EMAS) todas as condutas novas antes de serem ligadas à rede são submetidas a uma desinfeção garantido assim a qualidade da água distribuída à população.
O desifetante utilizado pela EMAS é peróxido de hidrogénio, o mesmo é um eficaz agente de desinfeção, eliminando as bactérias e fungos que usualmente se desenvolvem nas condutas de água para consumo humano, garantindo desta forma não só a qualidade da água assim como a saúde pública.
A execução da desinfeção da conduta foi realizada em simultâneo depois dos ensaios de pressão, potenciando desta forma a penetração do produto nos poros da conduta, tornando assim este procedimento, muito eficaz.
Este desinfetante é introduzido na conduta através de uma bomba doseadora e deve estar em contacto com a conduta no mínimo 6 horas, no entanto neste caso que observei esteve 24 horas.
Para controlar a concentração de peróxido de hidrogénio na solução de enchimento da conduta é utilizado umas fitas indicadoras, as mesmas ao entrarem em contacto com a solução e ficarem de cor azul, significa que a concentração de peróxido de hidrogénio (200 mg/L) é o suficiente para garantir a desinfeção da conduta.
No final do tempo de contacto deve ser verificado novamente o teor de peróxido de hidrogénio que não dever ser inferior a 100 mg/L, caso tal aconteça terá que se realizar uma nova desinfeção.
De seguida a solução desinfetante é retirada da conduta na totalidade.
Depois a conduta é cheia novamente com água de seguida é medido a concentração de peróxido de hidrogénio com uma nova fita indicadora, quando a mesma indicar que já não há desifetante na água a conduta é ligada à rede dos consumidores.
Depois a conduta é cheia novamente com água de seguida é medido a concentração de peróxido de hidrogénio com uma nova fita indicadora, quando a mesma indicar que já não há desifetante na água a conduta é ligada à rede dos consumidores.
A desinfecção de condutas deve ser vista como uma medida preventiva a adoptar no âmbito da qualidade da água prevenindo desta forma doenças de origem hídrica.
A não esquecer
Fontes:
- Higienização de condutas de água potável, http://www.iberlab.pt/new_datafiles/pdfs_destaques/condutas.pdf
- Decreto Regulamentar n.º 23/95 de 23 de Agosto, http://dre.pt/pdf1sdip/1995/08/194B00/52845319.pdf
- Manusystems-Manutenção de Sistemas, http://www.manusystems.pt/images/stories/pdf/Ficha_tecnica_Carela_Peroxsil.pdf
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