quarta-feira, 5 de junho de 2013

Reflexão Final de Estágio


Heroínas da Água

Terminado o estágio na EMAS resta-me partilhar a minha análise refletida desta experiência:

Integrar uma equipa de trabalho na sua totalidade é uma experiência sem dúvida enriquecedora, pois nem tudo se aprende na escola e por isso acredito que aprofundei conhecimentos essenciais para o meu futuro.

Apesar de me identificar mais com algumas áreas da saúde ambiental, todas as atividades em que tive a oportunidade de participar constituíram para mim uma oportunidade única de aprofundamento e aplicação de conhecimentos ao nível das temáticas, como foi o caso de qualidade da água e saneamento.

No entanto, integrar a equipa de trabalho do Projeto Heróis da Água foi-me muito gratificante, pois desta forma tive a oportunidade de conhecer e trabalhar com crianças e adolescentes.

Trabalhar com este tipo de público foi para mim uma oportunidade única e que me fez crescer enquanto pessoa e mãe que sou, pois aprendi a ser uma pessoa mais paciente e a olhar para a vida de outra forma.

Considero que me inseri bem no espírito profissional da EMAS, estando sempre disponível para conhecer e participar nas atividades que me foram propostas e imputadas pelos meus orientadores de estágio.

Assim, agradeço a todos os colaboradores da EMAS pela forma como me receberam desde o primeiro dia e  por todos os conhecimentos que me transmitiram ao longo destes três meses de estágio.

Aos meus orientadores de estágio assim como aos colaboradores do Gabinete de Tecnologias de Informação e Comunicação (GTIC),  o meu obrigado pela forma como me acolheram, e me apoiaram nas atividades que me foram ministradas.

Fiquei com determinação de continuar a trabalhar na EMAS, no entanto reconheço que os três meses de estágio não foram o suficiente, visto a saúde ambiental ser muito abrangente, houve áreas em que não tive a oportunidade de laborar.  

De uma forma geral a experiência foi muito positiva na aquisição de novos conhecimentos, no enriquecimento pessoal e na aquisição e prática de competências.

Não poderia deixar de ressaltar também a importância da presença da minha colega, assim como aos estagiários de Educação e Comunicação Multimédia (ECM) também eles do Instituto Politécnico de Beja, pois com eles partilhei bons momentos, que não vou esquecer.

É de salientar todo o esforço e dedicação por parte do docente responsável pelo estágio.

Por último e não menos importante agradeço à minha família por todo o apoio que me tem dado ao longo deste meu percurso académico.


"A maior recompensa do nosso trabalho não é o que nos pagam por ele, mas sim aquilo em que ele nos transforma." John Ruskin

terça-feira, 4 de junho de 2013

"EMAS vai às escolas" - Pré-escolar



Nos tempos modernos é sabido que a brincadeira é uma necessidade no desenvolvimento do ser humano e não pode ser vista apenas como mera diversão. 

O uso de material lúdico não só facilita a aprendizagem, o desenvolvimento pessoal, social e cultural assim como colabora para uma boa saúde mental e um estado interior fértil, facilitando assim a expressão e construção do conhecimento.

A criança não só brinca por prazer e por distração, mas também brinca à procura de novos saberes, novos conhecimentos.

Desta forma no âmbito do projeto Heróis da Água nas sessões realizadas aos alunos do ensino pré-escolar são desenvolvidas as seguintes atividades:
  • História do Herói da Água e os seus amigos
  • Pintura de desenhos alusivos ao uso eficiente da água
  • Bilhete de Identidade do Herói
Relativamente à atividade da história do Herói da Água e os seus amigos, os alunos ouvem uma história em que as personagens principais são o Heróis da Água e os seus amigos Pling e Zapp. O Pling é o herói da energia e o Zapp dos resíduos (foto 1).


Foto 1


A história passa-se num bosque em que Pling num passeio pelo mesmo com o seu amigo Zapp fica com muita sede, e ao encontrar uma fonte de água bebe dessa água.
Ao fim de umas horas fica doente e começa a pedir ajuda pelo bosque, em que para o ajudar aparece o Herói da Água.
o Herói da água ao perguntar-lhe se tinha bebido água da fonte explica ao Pling e ao Zapp que não devem beber dessa água, pois a mesma não é controlada nem tratada, dai podermos ficar doentes.
De seguida ainda explica que a água da torneira é uma água que é tratada e controlada diariamente sendo assim uma água segura de beber.

Depois de ouvirem a história os alunos do pré-escolar pintam desenhos com mensagens alusivas ao uso eficiente da água (foto 2).

Foto2 

Para finalizar as atividades, os alunos pintam uma das mão e calcam numa folha, atribuindo-lhes assim o titulo de heróis da água (foto 3).

Foto 3
No final da sessão e como não podia deixar de ser o Herói da Água aparece para delicia dos mais pequenos (foto 4).

Foto 4
Segundo a Direção Geral da  Educação a promoção e educação para a saúde em contexto escolar consiste em dotar as crianças e os jovens de conhecimentos, atitudes e valores que os ajudem a fazer opções e a tomar decisões adequadas à sua saúde e ao seu bem-estar físico, social e mental, bem como a saúde dos que os rodeiam, conferindo-lhes assim um papel interventivo.

No processo de desenvolvimento da criança a  educação para a saúde deve ser vista como sendo uma responsabilidade de todos nós adultos, sejamos pais, educadores, familiares, Técnicos de Saúde Ambiental,  etc.

Desta forma um dos objetivos da realização destas atividades é que os alunos adoptem ou modifiquem comportamentos que lhes permitam um melhor nível de saúde.

Fontes:

segunda-feira, 3 de junho de 2013

Dia Mundial da Criança


https://www.facebook.com/HeroisDaAgua

A EMAS em conjunto com a Câmara Municipal de Beja no dia 1 de Junho de 2013 organizaram o Festival dos Heróis da Água.

A alegria foi uma constante no Parque da Cidade em Beja, palco do Festival Heróis da Água.

O Herói da Água e os seus amigos proporcionaram momentos únicos de animação a milhares de crianças.

Um belo dia de verão proporcionou um ótimo programa familiar onde todos tiveram acesso livre ás atividades que foram desenvolvidas no local ao longo do dia.

Pela manhã o espetáculo do RUCA fez a delicia dos mais novos e à tarde FF contemplou os presentes com a sua bela voz numa atuação LIVE ACT seguida de aproximadamente duas horas de sessão de autógrafos e sessão fotográfica num contexto de proximidade com os fãs.
Paralelamente aos espetáculos de cartaz, a animação foi garantida pelas várias entidades envolvidas, onde grande parte do êxito desta iniciativa esteve diretamente relacionado com as suas dinamizações.
Desde já agradeço a todos os envolvidos na organização pelo trabalho prestado, só assim foi possível proporcionar ás crianças este dia fantástico que irá certamente ficar na memória de muitos
Aqui ficam algumas das fotos tiradas neste dia da criança
Herói da Água, o anfitrião do festival
Foto da Equipa da EMAS com FF
Heroínas da Água
Atuação do Ruca e dos seus amigos
Demonstração cinotécnica da GNR
Participação da ULSBA
Participação da Força Aérea Portuguesa
Participação da EMAS com o Jogo da Água
Participação da PSP
Atuação do FF
Sessão de autógrafos do FF

"EMAS vai às escolas" - 2º Ciclo




Como já foi referido num post anterior, a promoção e educação para a saúde em contexto escolar consiste em dotar as crianças e os jovens de conhecimentos, atitudes e valores que os ajudem a fazer opções e a tomar decisões adequadas à sua saúde e ao seu bem-estar físico, social e mental, bem como a saúde dos que os rodeiam, conferindo-lhes assim um papel interventivo.

Desta forma, nas sessões realizadas para os alunos do 2º ciclo (5º e 6º Ano) inseridas no no "EMAS vai às escolas" são utilizados diversos materiais didáticos e de apoio.

Nestas sessões são desenvolvidas as seguintes atividades:

  • Descrição do ciclo urbano da água (concelho de Beja);
  • Sensibilização do consumo de água tratada;
  • Sensibilização para o uso eficiente da água;
  • Consumo seguro da água;
  • Demonstração do sistema de distribuição de água.

Na descrição do ciclo urbano da água, o recurso utilizado é uma apresentação em formato prezi (foto 1).

Foto 1
É explicado o ciclo urbano da água do concelho de Beja desde a sua captação na origem , passando pelo tratamento, distribuição, tratamento de águas residuais até à devolução em meio hídrico da água residual tratada. 

Ainda durante esta apresentação os alunos são sensibilizados para não consumirem água em que a origem seja de fontes, pois as mesmas não estão ligadas à rede pública de distribuição de água (foto 2).

 A água desta origem é uma água que não é controlada nem alvo de tratamento, sendo por isso um risco para a saúde pública.

Foto 2
Ainda relativamente a este tema, os alunos observam caixas de petri com culturas de microrganismos presentes na água não tratada (foto 3).

Foto 3
Os alunos relativamente a este tema são muito curiosos e colocam muitas questões, mas ao mesmo tempo é notório que ficam sensibilizados para este tema.

Alguns alunos chegaram mesmo a dizer que já não iam beber água das fontes, o que torna gratificante todo o trabalho realizado nesta sessões.

Desta forma sensibilizamos ao consumo de uma água segura, como por exemplo a água da torneira, pois a mesma é tratada e controlada diariamente pela EMAS.

De seguida, é transmitido aos alunos a importância da água nas nossas vidas assim como  para a necessidade de a usarmos de forma eficiente.

No final os alunos assistem a uma demonstração de como funciona a distribuição da água desde a origem até ás torneiras (foto 4 e 5).

Foto 4

Foto 5
A realização destas sessões são relevantes, pois é uma forma didática e diferente de os alunos adquirirem novos conhecimentos assim como hábitos mais saudáveis no que se refere ao consumo de uma água segura.

Fontes:
- Promoção e educação para a saúde, http://www.dgidc.min-edu.pt/educacaosaude/index.php?s=directorio&pid=36


domingo, 2 de junho de 2013

Avaliação de Risco




Como já foi dito num post anterior, Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT), revelou que em Portugal estima-se que uma pessoa morra diariamente devido a acidente de trabalho ou doença profissional, além de o mundo laboral provocar ainda incapacidades temporárias ou permanentes, com pesados custos económicos e sociais para as pessoas e a sociedade.

Segundo o estudo de caso "Análise do trabalho, formação contextualizada e acção de transformação das condições de trabalho no sector de saneamento de um serviço municipal" todos os anos ocorrem acidentes de trabalho em sistemas de saneamento. 

A Portaria n.º 762/2002 de 1 de Julho tem como objetivo estabelecer um conjunto de prescrições que garantam a segurança higiene e saúde dos trabalhadores no exercício das atividades de exploração dos sistemas de distribuição de água e dos sistemas públicos de drenagem de águas residuais, domésticas, industriais e pluviais.

Segundo o artigo 4º da portaria acima citada constituem fatores de risco especifico inerentes às atividades referidas anteriormente as que resultem das seguintes situações:

  • insuficiência de oxigénio atmosférico;
  • existência de gases ou vapores perigosos;
  • contacto com reagentes, águas residuais ou lamas;
  • aumento brusco de caudal e inundações súbitas.

No âmbito deste estágio foi solicitado pelo engenheiro responsável do setor de saneamento da EMAS que fosse realizada uma avaliação de risco dos seus trabalhadores, no entanto por questões de ética não colocarei neste post qualquer informação da mesma.


Segundo a Agência Europeia para a Segurança e Saúde no Trabalho (OSHA) a avaliação de riscos constitui a base da abordagem comunitária para prevenir acidentes e problemas de saúde profissionais.

Em contexto de trabalho a entidade empregadora tem o dever de zelar pela segurança e a saúde dos trabalhadores.

Assim, a avaliação de riscos permite à entidade empregadora tomar as medidas necessárias para proteger a segurança e saúde dos trabalhadores.

Estas medidas incluem:
  • a prevenção dos riscos profissionais;
  • a prestação de informação aos trabalhadores;
  • a prestação de formação aos trabalhadores
  • a adequação da organização e de meios para a implementação das medidas necessárias.

O objetivo da avaliação de riscos consiste na prevenção dos riscos profissionais, mas nem sempre isto é possível, no entanto sempre que não seja possível eliminar os riscos, estes devem ser diminuídos e o risco residual controlado.


Na realização da avaliação de riscos o técnico deve realizar as seguintes ações:
  • Circular pelo local de trabalho e observar tudo o que possa causar danos;
  • Consultar os trabalhadores e/ou os seus representantes sobre os problemas que lhes tenham surgido;
  • Analisar sistematicamente todos os aspetos do trabalho;
  • Analisar as operações não rotineiras e intermitentes (por exemplo, operações de manutenção, alterações nos ciclos de produção);
  • Ter atenção a acontecimentos não planeados mas previsíveis, como, por exemplo, interrupções da atividade laboral;
  • Ter em conta os perigos a longo prazo para a saúde, como os níveis elevados de ruído ou a exposição a substâncias prejudiciais, bem como riscos mais complexos ou menos óbvios, por exemplo, fatores de risco psicossociais ou decorrentes da organização do trabalho;
  • Consultar os registos de acidentes de trabalho e de problemas de saúde da empresa;
  • Procurar obter informações de outras fontes, tais como: Manuais de instruções ou fichas de dados dos fabricantes e fornecedores; Organismos nacionais, associações comerciais ou sindicatos; Regulamentos e normas técnicas.

O técnico na realização da avaliação de riscos deve também identificar as pessoas expostas aos perigos, assim como  essas pessoas poderão ser afetadas e o tipo de lesão ou problema de saúde que pode ocorrer.


Os riscos nos locais de trabalho estão relacionados com as características do processo de trabalho e com a sua organização. 
Desta forma a primeira fase da avaliação de riscos consiste na identificação dos perigos e dos trabalhadores em risco.

Depois de identificados os perigos nos locais de trabalho assim como as pessoas expostas aos mesmos há que minimizar ou até mesmo eliminar os riscos.

De forma a prevenir a ocorrência de acidentes de trabalho devem ser tomadas todas as medidas de segurança coletiva e individual inerente à atividade desenvolvida.



Como medidas de proteção individual, assume-se a utilização de equipamentos de proteção individual (EPI).

Os Equipamentos de Proteção Individual (EPI) são dispositivos e/ou acessórios destinados a serem utilizados pelo trabalhador para proteger dos riscos quando não podem ser evitados, dentro de limites aceitáveis, por meios técnicos de proteção coletiva ou por processos de organização do trabalho.

Os EPI devem ser disponibilizados pela entidade empregadora assim como devem ser apropriados à natureza do trabalho e aos riscos susceptíveis de ocorrer no local de trabalho.

A avaliação de riscos para além de constituir a base de uma gestão eficaz da segurança e da saúde é fundamental na redução dos acidentes de trabalho e doenças profissionais.

A realização de uma avaliação de riscos melhora a segurança e a saúde dos trabalhadores assim como o desempenho das empresas.

Fontes:- Avaliação de Riscos, https://osha.europa.eu/pt/topics/riskassessment/index_html
- Análise do trabalho, formação contextualizada e acção de transformação das condições de trabalho no sector de saneamento de um serviço municipal, http://laboreal.up.pt/media/artigos/309/27-46.pdf
- Portaria n.º 762/2002 de 1 de Julho, http://dre.pt/pdf1sdip/2002/07/149B00/51235130.pdf
- Objetivo da avaliação de riscos, https://osha.europa.eu/pt/topics/riskassessment/purpose
- Como realizar uma avaliação de riscos, https://osha.europa.eu/pt/topics/riskassessment/carry_out
- Instrumentos de avaliação de riscos, https://osha.europa.eu/pt/topics/riskassessment/tools