terça-feira, 9 de abril de 2013


Sistema de Distribuição de Água para Consumo Humano de Beja



Segundo o Decreto - Lei 306/2007 de 27 de Agosto, que  estabelece o regime da qualidade da água destinada ao consumo humano, sistema de abastecimento, caracteriza-se como sendo o conjunto de equipamentos e infra-estruturas que englobam a captação, o tratamento, a adução (transporte), o armazenamento e a distribuição da água para consumo humano.

O abastecimento de água à cidade de Beja é efetuado a partir da Estação de Tratamento de Água (ETA) do Roxo e por um conjunto de captações de água subterrânea (Beja), constituindo este um sistema de recurso ao sistema principal com origem na ETA do Roxo.

Desde de  1 de Julho de 2010, a Empresa Municipal de Água e Saneamento de Beja, EEM, passou a adquirir a água de abastecimento para a população do Concelho de Beja, em baixa, ficando assim a entidade gestora em baixa. 
Assim, a empresa Águas Públicas do Alentejo S.A. passou a ser a entidade gestora em alta, até ao reservatório da Atalaia, ficando este o Ponto de Entrega (PE) a Beja.

Do reservatório da Atalaia o escoamento é efetuado por gravidade até à Estação Elevatória da Pia Quebrada (foto 1) de onde posteriormente é elevada por intermédio de três circuitos, para três patamares de pressão distintos, sendo os mesmos:
  • zona alta;
  • zona baixa;
  • zona inferior


Foto 1: Interior da Estação Elevatória da Pia Quebrada

Para além da Estação Elevatória da Pia Quebrada, a rede de distribuição de água neste sistema é também constituída por seis reservatórios ambos com diferentes capacidades e cotas, sendo os mesmos:
  • Santa Clara do Louredo;
  •  Falcões;
  • Conceição; 
  • Praça;
  • Neves;
  • Baleizão 


Foto 2: Reservatório da Conceição
Foto 3: Reservatório da Mata
Foto 4: Reservatório dos Falcões
Foto 5: Reservatório da Praça

É de salientar que a água nos reservatórios está em constante renovação garantindo assim a qualidade da mesma.

O desinfetante utilizado pela EMAS é o dióxido de cloro, para o reforço de cloragem da água a elevar para as zonas alta, baixa e inferior, o mesmo é produzido na estação elevatória com o auxilio de um gerador (foto 6), através da reação entre água, ácido clorídrico e clorito de sódio.


Foto 6: Gerador de Dióxido de Cloro

Este desinfetante também é utilizado na desinfeção final integrante do processo de tratamento na ETA do Roxo, bem como na desinfeção da água elevada nas captações de água subterrânea também aduzida ao reservatório da Atalaia.

De forma a estabelecer os valores de cloro residual mínimos na rede de distribuição são doseados entre 0,25 e 0,40 mg/l de dióxido de cloro, dependente da zona.

O processo de distribuição termina com a adução através de condutas e ramais até aos seus utilizadores.

No âmbito deste estágio fiquei a conhecer a rede de distribuição de água para consumo humano de Beja em baixa e o trabalho realizado pela equipa responsável pela qualidade da mesma. 

De forma a preservar a saúde pública a EMAS realiza o controlo da qualidade da água garantido assim a qualidade da mesma  até ser consumida pelos utilizadores, dando assim cumprimento à legislação em vigor.



Fontes:
- Decreto-Lei n.º306/2007 de 27 de Agosto, http://dre.pt/pdf1sdip/2007/08/16400/0574705765.pdf
Qualidade da água para consumo humano em Portugal - Ano de 2011, http://www.ersar.pt/website/ViewContent.aspx?GenericContentId=976&FolderPath=%5CRoot%5CContents%5CSitio%5CImprensa&Section=Imprensa&FinalPath=Not%C3%ADcias&SubFolderPath=
Palma, Gabriela, Distribuição da Água tratada - Sistema do Roxo-Subsistema  de Beja, EMAS,formato pdf e não disponível  online 2013.




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