Sistema de Distribuição de Água para Consumo Humano de Beja
Segundo o Decreto - Lei 306/2007 de 27 de Agosto, que estabelece o regime da qualidade da água destinada ao consumo humano, sistema de abastecimento, caracteriza-se como sendo o conjunto de equipamentos e infra-estruturas que englobam a captação, o tratamento, a adução (transporte), o armazenamento e a distribuição da água para consumo humano.
O abastecimento de água à cidade de Beja é efetuado a partir da Estação de Tratamento de Água (ETA) do Roxo e por um conjunto de captações de água subterrânea (Beja), constituindo este um sistema de recurso ao sistema principal com origem na ETA do Roxo.
Desde de 1 de Julho de 2010, a Empresa Municipal de Água e Saneamento de Beja, EEM, passou a adquirir a água de abastecimento para a população do Concelho de Beja, em baixa, ficando assim a entidade gestora em baixa.
Assim, a empresa Águas Públicas do Alentejo S.A. passou a ser a entidade gestora em alta, até ao reservatório da Atalaia, ficando este o Ponto de Entrega (PE) a Beja.
Do reservatório da Atalaia o escoamento é efetuado por gravidade até à Estação Elevatória da Pia Quebrada (foto 1) de onde posteriormente é elevada por intermédio de três circuitos, para três patamares de pressão distintos, sendo os mesmos:
- zona alta;
- zona baixa;
- zona inferior
Foto 1: Interior da Estação Elevatória da Pia Quebrada |
Para além da Estação Elevatória da Pia Quebrada, a rede de distribuição de água neste sistema é também constituída por seis reservatórios ambos com diferentes capacidades e cotas, sendo os mesmos:
- Santa Clara do Louredo;
- Falcões;
- Conceição;
- Praça;
- Neves;
- Baleizão
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Foto 2: Reservatório da Conceição |
Foto 3: Reservatório da Mata |
Foto 4: Reservatório dos Falcões |
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Foto 5: Reservatório da Praça |
É de salientar que a água nos reservatórios está em constante renovação garantindo assim a qualidade da mesma.
O desinfetante utilizado pela EMAS é o dióxido de cloro, para o reforço de cloragem da água a elevar para as zonas alta, baixa e inferior, o mesmo é produzido na estação elevatória com o auxilio de um gerador (foto 6), através da reação entre água, ácido clorídrico e clorito de sódio.
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Foto 6: Gerador de Dióxido de Cloro |
Este desinfetante também é utilizado na desinfeção final integrante do processo de tratamento na ETA do Roxo, bem como na desinfeção da água elevada nas captações de água subterrânea também aduzida ao reservatório da Atalaia.
De forma a estabelecer os valores de cloro residual mínimos na rede de distribuição são doseados entre 0,25 e 0,40 mg/l de dióxido de cloro, dependente da zona.
O processo de distribuição termina com a adução através de condutas e ramais até aos seus utilizadores.
No âmbito deste estágio fiquei a conhecer a rede de distribuição de água para consumo humano de Beja em baixa e o trabalho realizado pela equipa responsável pela qualidade da mesma.
De forma a preservar a saúde pública a EMAS realiza o controlo da qualidade da água garantido assim a qualidade da mesma até ser consumida pelos utilizadores, dando assim cumprimento à legislação em vigor.
- Decreto-Lei n.º306/2007 de 27 de Agosto, http://dre.pt/pdf1sdip/2007/08/16400/0574705765.pdf
- Qualidade da água para consumo humano em Portugal - Ano de 2011, http://www.ersar.pt/website/ViewContent.aspx?GenericContentId=976&FolderPath=%5CRoot%5CContents%5CSitio%5CImprensa&Section=Imprensa&FinalPath=Not%C3%ADcias&SubFolderPath=
- Palma, Gabriela, Distribuição da Água tratada - Sistema do Roxo-Subsistema de Beja, EMAS,formato pdf e não disponível online 2013.
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