Colheita de Amostras de Água para Consumo Humano
“ O procedimento
de amostragem é um elemento importante do programa de controlo da qualidade de
água para consumo humano, porque o resultado da análise não corresponderá ao
valor real, mesmo que utilizado um método analítico rigoroso, se a amostra não
for representativa da água a controlar.” Recomendação ERSAR n.º03/2010
Nos tempos que
correm as doenças associadas à água continuam a ser um fator importante de
morbilidade e mortalidade no mundo. A melhor forma de as prevenir, é optar por
origens de água controlada e com registo analítico. Só assim é possível evitar
doenças transmitidas por via hídrica.
No
âmbito das suas competências a USP desenvolve ações de Vigilância Sanitária que abrangem as águas destinadas
para consumo humano.
Desta forma, cabe aos Técnicos de Saúde
Ambiental a colheita de amostras de água para consumo humano desde o momento da requisição de material
utilizado na colheita, até a mesma ser realizada e entregue no laboratório.
Segundo a recomendação da ERSAR n.º03/2010 é importante uniformizar o procedimento de colheitas de amostras de água nos sistemas de abastecimento, quer por parte das entidades gestoras, quer porte dos laboratórios e das autoridades de saúde, de maneira a que os resultados das análises efetuadas sejam comparáveis.
Segundo a recomendação da ERSAR n.º03/2010 é importante uniformizar o procedimento de colheitas de amostras de água nos sistemas de abastecimento, quer por parte das entidades gestoras, quer porte dos laboratórios e das autoridades de saúde, de maneira a que os resultados das análises efetuadas sejam comparáveis.
Assim, antes de se iniciar o processo de
colheita da amostra de água para consumo humano o TSA deve requisitar ao
laboratório responsável pela análise o material necessário para a
realização da colheita e de seguida verificar:
- Se os reagentes se encontram dentro da validade validade;
- Se todos os equipamentos estão devidamente calibrados;
- Se os frascos utilizados na colheita microbiológica estão devidamente esterilizados.
Ainda na preparação do processo de colheita das
amostras o TSA deve preencher a folha de registo de amostragem referente à
colheita que irá posteriormente efetuar delineando desta forma o percurso que
irá realizar, pois normalmente são realizadas várias colheitas de amostras de
água para consumo humano no mesmo dia em pontos de amostragem diferentes,
facilitando desta forma a sua identificação.
No processo de colheita da amostra de água o TSA deve garantir a
higienização das mãos de forma a evitar a contaminação da amostra e de seguida
proceder à sua colheita de acordo com a metodologia recomendada para a
realização da mesma.
Depois da colheita das amostras, as mesmas
deverão ser colocadas em malas térmicas devidamente limpas e com acumuladores
de frio, com o objetivo de garantir uma correta refrigeração das mesmas até à sua entrega no laboratório.
Tendo em conta os parâmetros a analisar
dispostos no anexo II do decreto-lei n.º 306/2007, de 27 e Agosto e sob
orientação do laboratório responsável pelo controlo analítico da água para
consumo humano a USP onde me encontro a realizar estágio adotou três tipos de
colheitas de água para consumo humano, sendo as mesmas:
- Colheitas tipo P1
Neste tipo de colheitas são analisados os parâmetros
bacteriológicos (bactérias coliformes, escherichia coli, enterococos) a
condutividade, pH, e o desinfectante residual.
- Colheitas tipo P2
As colheitas tipo P2 são mais abrangentes, no sentido que
englobam todos os parâmetros da anterior (P1) e também os parâmetros
físico-químicos (Colónias a 22ºC, Clostridium, Nitratos, Oxidabilidade, Ferro,
Alumínio, Colónias a 37ºC, Turvação, Amónio, Nitritos, Manganês e Flúor).
- Colheitas tipo P3
Este tipo de colheitas são as mais completas, pois para
além dos parâmetros incluídos nas colheitas tipo P1 e P2 são ainda abrangidos
os metais (Cádmio, Cobre, Chumbo, Potássio, Trihalometanos, Crómio, Níquel, Sódio
e Boro).
Após ser realizada a análise das amostras de água para
consumo humano o TSA responsável pela colheita recebe o boletim de resultado
emitido pelo laboratório responsável e de seguida procede à sua apreciação
atuando consoante o resultado do mesmo.
Ao contactar com esta realidade compreendi a
importância da representatividade da amostra, pois a qualidade da colheita vai
determinar a qualidade da informação analítica e portanto, é fundamental
realizá-la de acordo com os procedimentos.
Fontes:
Fontes:
- Recomendação ERSAR n.º03/2010, http://www.ersar.pt/website/ViewContent.aspx?SubFolderPath=%5CRoot%5CContents%5CSitio%5CMenuPrincipal%5CDocumentacao%5COutrosdocumentosIRAR&Section=MenuPrincipal&FolderPath=%5CRoot%5CContents%5CSitio%5CMenuPrincipal%5CDocumentacao&BookTypeID=5&BookCategoryID=2~
- Decreto-lei 306/2007 de 27 de Agosto, http://dre.pt/pdf1sdip/2007/08/16400/0574705765.pdf
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